segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Jovens: O futuro da nação?

    Estive visitando algumas escolas públicas nos últimos dias para saber a opinião dos jovens sobre eles. Confesso que fiquei aterrorizado com as respostas. Posso dizer que boa parte deles disse que os jovens de hoje não querem saber de estudar, não respeitam nem mesmo os pais e muitos já sentiram os efeitos de bebidas alcoólicas ou drogas.
   Falei do tempo de nossos pais, e obviamente riram, afinal, para muitos deles, o passado foi uma espécie de prisão que jamais caberia nos dias de hoje.
    Tudo o que querem e precisam, segundo eles, são roupas de grifes famosas, o melhor tênis da turma e sair em todos os lugares. Será que isso é liberdade ou uma atitude desequilibrada? Hoje, já não vimos jovens que lutam e triunfam pela verdade, pela justiça e pela igualdade ou que queiram ser eles mesmos, simplesmente.
  A sociedade tem culpa? Tem culpa sim, porque a lei não permite o jovem antes dos 16 anos trabalharem fora. Aos 16 o jovem pode roubar e matar, e nada acontece, mas podem votar aos 16 anos, porque o voto é necessário para eleger políticos que pouco fazem em benefício deles.
  Para muitos, a esperança de um futuro melhor tornou-se um desejo inalcançável. O jovem virou um produto da sociedade onde só o consumismo interessa. Muitos deixam de ser crentes, e se tornam fúteis.
   É preciso olhar para eles, o futuro da nação, e com certeza teremos respostas e soluções para tantos problemas.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Nós: Assassinos do Verde

‘’Só depois que a última árvore for derrubada, o último peixe for morto, o último rio for envenenado, os homens brancos irão perceber que dinheiro não se come’’
Poucas palavras, muito significado...
Que o planeta pede socorro (implora, na verdade), não é novidade para ninguém. Todo mundo fala que a poluição, o desmatamento, o aquecimento global são problemas que precisamos resolver, mas devemos nos dar conta de que palavras são inúteis.
Os discursos são maravilhosos, brilhantes, impecáveis! Uma verdadeira maquiagem da realidade.
O que estamos esperando? O planeta explodir como um balão nas mãos de uma criança? Ou, como diria minha mãe: ‘’Vamos criar vergonha nessa cara e deixar de apenas falar, como robôs programados para dizerem incansavelmente a mesma coisa, e começar a se mexer?’’
A decisão está em nossas mãos, na verdade, não se trata de uma decisão e sim de uma OBRIGAÇÃO!

Realmente, Boris Casoy tem razão total... ISSO É UMA VERGONHA!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Rosas de plástico também respiram

Adorava aquele cheiro de chuva. As sensações ficavam ainda mais intensas, como um vulcão em erupção.
Aquele clima me remetia ao passado, aos momentos mais intrigantes que já havia presenciado. As gotas d’água, tocadas com leveza no chão tornavam o ambiente ainda mais tenso. Lembrei de tudo, ou talvez, quase tudo, afinal os anos não eram tantos, mas as emoções, inúmeras!
Já não sabia se era verdade ou ilusão. De repente passa um filme em minha mente, mas não era um filme qualquer, era minha vida nas cenas mais diversas.
Foi passageiro, logo o céu se abriu e as gotas da chuva sumiram na terra.
Os pássaros voltaram e os pensamentos refugiaram-se. Já não lembrava nada, apenas fechei os olhos e descobri o canto das andorinhas.

Não tente entender, apenas compreenda...




domingo, 19 de dezembro de 2010

Palavras mudas



Num mundo sem sentido
Muito mais do que revestido
Talvez eu não tenha crescido
Apenas vivido

Num mundo desigual
Perdoe-me por não ser normal
Foi apenas um dia banal
Sem limites, fui irracional

Tentando esquecer
Deixei de viver
Encontrei nos teus olhos o meu prazer
Acima de tudo, encontrei você

Era inútil, vivi do fútil

O sol brilhava
E me encantava
Mas você não estava
O sol brilhava, mas eu chorava

Era inútil, vivi do fútil
                                                         Homenagem a Leidyane

Cadê o respeito, menino?

Não é surpresa para ninguém, que hoje em dia, o respeito parece estar extinto. Simplesmente ‘’sumiu do mapa’’.
Mas porque isso acontece?  A educação entrou de férias? As perguntas são intermináveis, mas as respostas, longe de serem encontradas.Os papéis se invertem, filhos ‘’mandam’’ nos pais e a recíproca tornou-se, mais do que nunca, FALSA!
Nos últimos anos, passamos por mudanças surpreendentemente rápidas. A tarefa de ser pai fazia parte da tradição da nossa cultura. O papel dos pais era desempenhado de forma rotineira, com pouco interesse em realizar a ‘’tarefa’’ de modo diferente. Entretanto, à medida que nosso ritmo de vida se acelerou, as maneiras tradicionais de criar filhos tornaram-se menos funcionais.
A rigidez pregada antes perdeu sua força. Os filhos por, porém, aumentaram a sua. Passamos a opinar (algo raro antes), optar e até criticar.
Os resultados? Bom, isso podemos ver claramente nos dias atuais, em qualquer canto do mundo!
Culpa de quem? Dos pais ou dos filhos?
A briga é acirrada!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Família perfeita(?)!

 
Simplesmente perfeitos. Cada qual com seu jeito mais luminoso de ser.
Andavam todos alinhados, como se marchassem em direção ao exército, esbanjando alegria, simpatia e inveja aos moradores do bairro.
Não era um esquadrão, era apenas uma família, mais não uma família normal, era a mais exímia daquele lugar.
Quem os via passar na rua, esbeltos, como se estivessem passeando pelo céu, pensava a todo o momento se aquilo seria verdade, ou apenas uma jogada de marketing da ascendência.
O choro da criança dentro da casa trouxe dúvidas aos moradores. Era ela, a filha mais nova do casal cuja perfeição indignava os adjacentes. A mulher, ao sair para o mercado, parecia esconder algo, talvez as manchas roxas no rosto, por ter sido espancada pelo marido noite passada. Noutro dia, o marido não saiu como de costume para o trabalho, e como se não bastasse, os boatos correram pela cidade inteira.
Os dias se passaram e o que antes era apenas um rumor, agora era realidade. A mulher matou o marido a facadas, cansada daquele jogo de aparências.
A família perfeita não existe. Importante é ser normal, isso basta!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sentimento. Talvez incólume!



Foi um simples abraço, na verdade o mais profundo sentimento daquele dia, que parecia mais forte do que um simples ato. De repente, o mundo gira de uma forma absurda, porém, retrocedia.  
Lembrei daqueles dias banais, rápidos e que até então, sem sentido algum. Eram apenas passagens, pensava eu, com a respiração quase estática. Mas não era. Talvez aquele fosse um abrigo pra minhas desavenças com os dias quase incolores ao meu olhar. Talvez a proteção, que por imaturidade, eu não tenha sentido antes.
Imaginação minha! Era apenas a descoberta de que, melhor da vida é quando encontramos pessoas que saibam fazer de pequenos instantes grandes momentos.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Moça do campo


Era tão estranho tocar tua mão.
Seu rosto parecia pálido, os olhos profundos e as pernas trêmulas.
De repente, a lágrima que corria daqueles belos olhos castanhos, transformava-se em um lindo sorriso amarelo.
Os pássaros cantavam ao som das águas e as borboletas embelezavam o fundo, mais vivo naquele dia, com suas cores das mais diversas.
Talvez fossem sua timidez que lhe fizera sorrir, ou apenas a sensação de estar protegida ao tocar, desesperadamente minhas mãos, como se tivesse encontrado o verdadeiro sentido de existir.
O dia descoloriu-se, e o sol, que brilhava intensamente naquele dia de primavera, não voltou mais. As flores lá fora me disseram pra seguir em frente, sem olhar pra trás, afinal, os dias passam de vagar, e as noites me disseram que ela não iria mais voltar.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Viver, ou atuar?

                           


Alguns dizem que sim, outros, não!
Quando me deparo com cenas bizarras dessas novelinhas que embalam nossas noites
e nos deixam cheios de dúvidas dentro deste cubículo chamado MUNDO, me pergunto:
Seríamos nós atores e atrizes?
Controversas surgem neste cérebro movido
por cápsulas de remédios
A mais coerente resposta seria ''sim'', afinal, motivos não faltam!
Se digo que pessoas verdadeiras não existem, a rebeldia surge,
mas onde estão elas?
Certamente te apunhalando pelas costas!