Eu
não pareço um brinquedo fútil, não tenho pernas e muito menos modos, sou mais
forte que uma rês, suave como uma girafa, arrogante como uma ave.
Tenho mente de má
qualidade, íntimo de pedra e sapatinhos másculos, não uso cobertos de renda e
nem posso ser adquirido em qualquer lugar, não tenho frases feitas e você não
pode me emudecer quando ansiar.
Não, eu não sou seu
brinquedo, to mais pra prostituto de esquina, e só me interessa seu dinheiro.
Tenho inúmeros sonhos para um brinquedo, me desequilibro em cima de uma ponte,
e não tenho a voz afável.
Talvez jamais me tornasse
um boneco, melhor assim, sem hierarquia sem leis, vivendo e resistindo nas avenidas
com minha garrafa no bolso de trás da calça jeans rasgada, não almejo e nem
preciso de alguém para fechar meus olhos, e nem calar minha voz. Eu sou um
brinquedo fútil.
Ao percorrer a minha face que vagarosamente te corrói, indagarás abstruso sobre quem verdadeiramente sou...
Duvidando, não alcançarás nem o meu título, sarcástico, que desse modo nem se revelou...
Duvidando, não alcançarás nem o meu título, sarcástico, que desse modo nem se revelou...